Agricultores do Paraná ampliam uso de sistema de plantio direto para cultivo de hortaliças
24/11/2024
Método conservacionista une redução de custos e sustentabilidade. Agricultores usam sistema de plantio direto para cultivo de hortaliças
O sistema de plantio direto é amplamente utilizado no Paraná e em várias regiões do Brasil para evitar erosão e manter o solo mais saudável, especialmente em culturas de grãos como soja e milho.
Agora, agricultores estão aplicando o método também no cultivo de hortaliças.
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Assim como na lavoura de grãos, no sistema de plantio direto de hortaliças (SPDH), a semente é colocada no solo não revolvido, fazendo um pequeno sulco.
O plantio é feito em meio à vegetação e o mesmo canteiro pode receber dois tipos diferentes de plantas, o que agiliza a produção.
“Se for preciso, antes da implantação do SPDH, arar, gradear, fazer a correção do solo, todas as atividades como uma lavoura convencional, com planta de cobertura convencional”, explica Nilson Barnabé Ferreira, engenheiro agrônomo do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR).
Agricultores usam sistema de plantio direto para cultivo de hortaliças
Caminhos do Campo/RPC
São vários os tipos de cobertura. O produtor José Alexandre, que aderiu ao SPDH há cinco anos para cultivar orgânicos em Maringá, no norte do Paraná, usa o milheto. Quando a planta atinge a altura ideal, ele faz o “tombamento” com a ajuda de um equipamento especial.
Ele diz que o sistema permitiu uma economia de até 40% nos gastos com irrigação, além de economizar com insumos. O agricultor pulveriza as plantas e o solo com uma mistura de arroz e melaço de cana, e conta com ajuda de pássaros e insetos no controle de pragas.
O SPDH também tem algumas dificuldades: o mercado ainda não desenvolveu equipamentos específicos para essa modalidade de cultivo em pequenas propriedades. Por enquanto, os agricultores têm que exercitar a criatividade e fazer adaptações nos maquinários que já existem.
Outro desafio é estimular outros agricultores a adotarem a técnica de plantio.
“Melhora o sistema como um todo, a atividade biológica, e, com isso, agrega mais valor na produção. Com o tempo, vou reduzir o custo e melhorar a sanidade de plantas, então o ganho é sempre muito grande”, ressalta o engenheiro agrônomo Nilson Barnabé Ferreira.
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