'Não consegue mexer os braços e as pernas', diz nora de idoso ferido em acidente com micro-ônibus em Juiz de Fora; quatro continuam internados
20/05/2025
(Foto: Reprodução) Mário Lúcio Francisco, de 64 anos, sofreu uma lesão traumática que atingiu a medula espinhal, segundo a família. Parentes de passageiros reclamam da falta de assistência. Ocorrência deixou uma pessoa morta e sete feridas, no Bairro Niterói. Aposentado Mário Lúcio Francisco está internado no HPS, em Juiz de Fora
Arquivo Pessoal
O aposentado Mário Lúcio Francisco, de 64 anos, foi um dos feridos no acidente com um micro-ônibus do transporte público de Juiz de Fora, que caiu em um barranco na segunda-feira (19), no Bairro Niterói, na Zona Sudeste da cidade. Segundo a nora Mayara Aparecida Faria, ele não consegue movimentar os membros superiores e inferiores.
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"Não sente os braços nem as pernas. Conseguiu mexer o dedão da mão uma única vez", disse.
Mário Lúcio está internado na ala de observação masculina do Hospital de Pronto-Socorro (HPS) e, conforme a família, sofreu um trauma raquimedular — lesão traumática que afeta a medula espinhal e causa alterações temporárias ou permanentes nas funções motora e sensitiva do corpo.
Segundo a nora, ele aguarda uma ressonância, que deve ser realizada nas próximas horas para avaliar a condição neurológica.
Em nota, a Prefeitura de Juiz de Fora confirmou que o exame ocorre ainda nesta terça-feira e que o paciente segue para a Santa Casa de Misericórdia assim que o procedimento for concluído.
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Mayara contou ainda que o sogro havia ido ao Centro da cidade para resolver questões pessoais e que o acidente aconteceu quando ele já estava próximo de casa.
“Ele está conversando pouco. No tempo em que fiquei com ele no hospital, não falou sobre o momento do ocorrido”, relatou Mayara.
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Marcus Pena/TV Integração
Quatro seguem internados
Ao todo, oito pessoas ficaram feridas no acidente. Um idoso de 69 anos, que foi socorrido com sangramento no abdômen, morreu no HPS. Quatro permanecem internadas e três receberam alta.
Hélcio Carlos Barbosa, 48 anos (motorista): sofreu fraturas no fêmur e no cotovelo, passou por cirurgia no HPS e aguarda vaga para transferência para realizar outro procedimento. Ele está estável.
Mário Lúcio Francisco, 64 anos: permanece estável, está na observação masculina e aguarda exame.
Fabiana Fagundes, 49 anos: clinicamente estável e recebeu atendimento por picada de animal peçonhento. Permanece na observação feminina.
Adilsiane Raquel da Silva, 31 anos: internada na observação feminina e estável.
Criança, 11 anos: foi atendida no PAI e liberada.
Criança, 3 anos: foi atendida na UPA Norte e liberada.
Adolescente, 13 anos: foi atendida na UPA Norte e liberada.
Família reclama da falta de assistência
Gisele de Souza Barbosa, esposa do motorista do coletivo, Hélcio Carlos Barbosa, de 48 anos, disse que o marido quebrou o fêmur, o braço, a costela e a perna.
Ele está internado no HPS, onde passou por um procedimento de emergência para realinhamento do fêmur e colocado um suporte temporário.
"Ele precisa ser transferido para outro hospital para ser operado com urgência. Aqui no HPS não vão resolver mais nada. Liguei para tentar essa transferência com a empresa do ônibus, mas não consegui".
Ainda segundo Gisele de Souza, a empresa responsável pelo ônibus e a Prefeitura não prestaram qualquer tipo de assistência até o momento.
De acordo com a Prefeitura, a Secretaria Municipal de Saúde já iniciou o processo de transferência do paciente para o Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ), onde vai receber assistência ortopédica e realizar exames complementares.
Já o Consórcio Via JF disse que tem mantido contato contínuo com os familiares das vítimas do acidente para oferecer suporte emocional e verificar as necessidades de cada pessoa.
O acidente
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O coletivo fazia a linha 300 (Campo Alegre/Via Granjas Primavera) quando saiu da pista, desceu um barranco e tombou em meio à vegetação.
O motorista relatou aos bombeiros que estava muito próximo à beirada da Rua João Duarte da Silveira e perdeu o controle do veículo, que virou.
Pelas redes sociais, o secretário de Mobilidade Urbana, Richard Tavares, informou que o atendimento da rota está suspenso por tempo indeterminado.
Devido à dificuldade de acesso, os militares montaram uma via de rapel para alcançar o local do acidente e realizar o resgate das pessoas com segurança.
PM, Samu e Corpo de Bombeiros prestaram atendimento no acidente em Juiz de Fora
Luiza Sudré/TV Integração
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